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NAÇÕES UNIDAS, Nova York - O Fundo das Nações Unidas para a População, UNFPA, enaltece o pronunciamento do Presidente dos Estados Unidos (EUA), Barack Obama, restaurando o financiamento para as operações do Fundo.

O Presidente Obama disse: "Estou ansioso por trabalhar com o Congresso para restaurar o apoio financeiro dos EUA ao Fundo das Nações Unidas para a População. Ao retomar o financiamento, os Estados Unidos se juntarão a 180 outras nações doadoras, que trabalham de forma colaborativa para reduzir a pobreza, melhorar a saúde de mulheres e crianças, prevenir o HIV e SIDA e disponibilizar assistência no planeamento familiar para mulheres em 154 países".

A Directora Executiva do UNFPA, Thoraya Ahmed Obaid, comemorou a decisão do Presidente Obama de restaurar o financiamento e apontou a rapidez com que ele abordou a questão.

"As acções do Presidente enviam uma forte mensagem sobre a sua liderança e desejo de apoiar causas que promoverão a paz e a dignidade, a igualdade para mulheres e meninas e o desenvolvimento económico das regiões mais pobres do mundo. O acesso à saúde reprodutiva é central para todas essas questões", disse Obaid.

Há muito a ser feito. Com menos da metade do tempo disponível para o alcance dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio até o prazo estabelecido (2015), o Objectivo que se refere à melhoria da saúde materna e reprodutiva é aquele para o qual menos se fez progresso e é o que conta com menos recursos.

"Estamos confiantes de que sob a direcção do novo Presidente, os E.U.A. assumirão a sua liderança na promoção e protecção dos direitos e da saúde reprodutiva das mulheres em todo o mundo", afirmou Obaid. "Este é um passo essencial em direcção à criação de um mundo onde todas as mulheres tenham oportunidade de participar como membros iguais da sociedade".

Globalmente, a taxa de mortes decorrentes da gravidez e do parto declinou apenas 1% entre 1990 e 2005. A cada minuto uma mulher perde a vida dando à luz, somando-se aos 10 milhões de mulheres que morrem de causas maternas a cada geração. E 99% dessas mortes ocorrem nos países em desenvolvimento, particularmente na África e na Ásia.

"A decisão do Presidente Obama não poderia ter vindo num momento mais crítico", referiu Obaid. "Se queremos acabar com as mortes das mulheres durante o parto e se desejamos que a saúde reprodutiva para todos seja uma realidade, precisamos de aumentar o compromisso político e financeiro em todos os níveis para implementar estratégias que sabemos que funcionam. Com o apoio renovado dos Estados Unidos às mulheres e ao UNFPA, as chances de issso acontecer aumentam consideravelmente".

O financiamento ao UNFPA aprovado pelo Congresso foi interrompido durante os últimos sete anos pela administração dos EUA. Durante esse período, o Fundo deixou de receber um total de U$244 milhões em contribuições dos Estados Unidos. 

"A restauração dos recursos nos permitirá manter as conquistas recentes nesta altura da crise financeira e garantir o apoio a mulheres em alguns dos países mais pobres do mundo", afirmou Obaid. "O progresso para todos não acontecerá sem progresso para as mulheres. Isto significa trabalhar para promover, como uma prioridade internacional, o avanço da igualdade, dos direitos e da saúde das mulheres".

O UNFPA também recebe com satisfação a decisão do Presidente Obama de engajar a sua administração em questões de planeamento familiar, restaurando esforços cruciais para proteger e fortalecer socialmente as mulheres. O acesso ao planeamento familiar voluntário é uma das formas mais efectivas para prevenir gravidezes não desejadas e reduzir abortos.

"O UNFPA está pronto para trabalhar com o Presidente Obama, a Secretária Clinton e o povo americano para alcançar o sonho de ajudar mulheres e meninas nos países mais pobres a realizar seu potencial. Celebramos a oportunidade de trabalhar com os Estados Unidos novamente como um parceiro integral", sublinhou Obaid.