Sobrevivente do Ciclone Idai, Laura Brito mobiliza e ajuda outras mulheres que vivem em Peakock, campo de acolhimento na cidade da Beira. No momento de reconstrução do país, ela se tornou voluntária a partir de um programa do Fundo das Nações Unidas para População (UNFPA).
"Para mulher é mais forte, foi mais forte. Teve uma mulher que saiu de casa porque precisa ir onde estava os filhos, só que quando ela ia para lá, o coqueiro caiu em cima dela. Ela perdeu a vida logo ali. Aquilo me machucou muito. Eu nunca tinha conversado assim com mulheres grávidas, então é praticamente uma palestra que eu faço para elas. Já não fico com vergonha e agora quando eu converso com elas, parece que estou conversando com minha filha", disse Laura, que tem 3 filhos e está grávida do quarto.
Preocupada com outras mulheres, a moçambicana de 34 anos acompanha grávidas, auxilia sobreviventes de violência e cuidados com a saúde como o uso de preservativos. Neste centro, UNFPA distribuiu kits de dignidade, realizou sessões de informação sobre saúde reprodutiva e sexual e implementou uma clínica com serviços integrados para atender e acolher sobreviventes de violência.
"Aqui a força que eu dou é para que as mulheres não fiquem desanimadas. Eu me sinto muito orgulhosa, do fundo do meu coração."
Assista ao vídeo abaixo: