“É importante que os profissionais de saúde das comunidades rurais tenham acesso a uma formação profissional e técnica de qualidade. Isso ajuda a garantir que a população dessas comunidades se beneficiem de assistência adequada e eficaz nos centros de saúde”
Compartilha Maria Inês, parteira de saúde materno-infantil da Província de Tete, que é a primeira de quatro parteiras a retornar de um programa de pós-graduação de 3 anos em Cuba.
Ao regressar a Maputo, Maria reuniu-se com o Ministério da Saúde, UNFPA e parceiros para partilhar a sua experiência, contando sobre momentos inesquecíveis da sua chegada a Cuba, incluindo a dificuldade de adaptação às diferenças linguísticas e culturais e de convívio com novas pessoas num ambiente pouco familiar. Porém, como ela ressalta, esses desafios deram-lhe forças para continuar e alcançar sua pós-graduação. Agora a Maria regressa à província de Tete, onde vai transmitir os seus aprendizados e experiência como professora do Instituto Nacional de Ciências da Saúde e também como parteira de saúde materno-infantil.
Segundo Maria, esta foi uma excelente oportunidade para aprender e trocar experiências, considerando a alta competência e desempenho da equipe médica cubana.
A fim de aumentar o acesso a serviços de saúde sexual e reprodutiva de qualidade para a população de Tete, o foco foi colocado no investimento e no aumento do envio de parteiras qualificadas para as unidades de saúde. Este trabalho foi realizado através de um projeto apoiado pelo UNFPA, financiado pelo Governo da Flandres, que estabeleceu uma colaboração Sul-Sul entre o Ministério da Saúde em Moçambique e em Cuba.
O Ministério da Saúde e os seus parceiros de cooperação afirmam que a formação local e a falta de recursos para a formação profissional nos centros de saúde dificultam a rápida adaptação dos técnicos de saúde. A oportunidade de enviar enfermeiras para estudar em Cuba é muito importante para garantir uma experiência diversificada entre os profissionais de saúde.
Seguindo os passos de Maria, mais três enfermeiras moçambicanas de saúde materno-infantil estão atualmente estudando em Cuba, com o objetivo de retornar e ajudar a expandir os serviços de saúde sexual e reprodutiva para mulheres e raparigas.
O UNFPA apoia o Governo de Moçambique para responder às necessidades dos mais marginalizados e vulneráveis - incluindo raparigas e mulheres jovens. Portanto, investir na formação inicial da força de trabalho de obstetrícia é uma das principais prioridades do UNFPA em Moçambique e do seu apoio ao Governo.
Ao proporcionar a enfermeiras como Maria a oportunidade de estudar em Cuba, estamos a melhorar a qualidade e a acessibilidade dos serviços de saúde em Tete e a assegurar a aprendizagem ao longo da vida entre enfermeiras e profissionais de saúde moçambicanos.