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Declaração da Diretora Executiva do UNFPA, Dra. Natalia Kanem, no Dia Mundial Humanitário

Enquanto celebramos o Dia Mundial Humanitário, o UNFPA saúda aqueles que respondem a crises em todo o mundo. Neste ano, chamamos a atenção para a coragem e o compromisso de mulheres humanitárias que ajudam as pessoas afectadas por conflitos, desastres e deslocamentos.

Quando ocorrem crises, mulheres e raparigas são afectadas de maneira desproporcional e enfrentam um risco maior de violência baseada no género. As unidades de saúde são frequentemente danificadas ou destruídas, deixando as mulheres, incluindo as grávidas, sem cuidados que salvam vidas. As necessidades fundamentais de mulheres e raparigas que lhes permitem defender sua dignidade são muitas vezes uma reflexão tardia. A liderança de mulheres e jovens é frequentemente excluída dos processos de paz.

Com uma posição única para alcançar e ajudar mulheres e raparigas, as mulheres humanitárias constituem uma grande percentagem de profissionais na linha de frente da resposta, que arriscam suas próprias vidas para salvar a vida de outras pessoas. Por isso, hoje prestamos homenagem às mulheres humanitárias que, sob condições difíceis, protegem os direitos humanos, a dignidade e dão esperança aos outros.

Homenageamos as parteiras que, dia e noite, ajudam as mulheres no parto em condições perigosas. Honramos mulheres das comunidades e da sociedade civil que lutam para prevenir a violência baseada no género, aconselhar os sobreviventes e garantir que eles obtenham os serviços de que precisam. Honramos mulheres líderes que coordenam a causa humanitária e as suas acções de preparação, resposta e recuperação da emergência.

Em Novembro, a comunidade internacional irá reunir-se em Nairobi para assinalar os 25 anos da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento (CIPD). Co-convocada pelo UNFPA e pelos governos do Quénia e da Dinamarca, a Cimeira de Nairobi sobre a CIPD25 tem como objectivo reunir compromissos políticos e financeiros que garantirão, em parte, que serviços que salvam vidas estejam disponíveis para mulheres e raparigas afectadas por crises.

Não podemos deixar nenhuma mulher ou rapariga para trás. Peço a todos os governos que se unam a nós, na Cimeira de Nairobi, para promover a saúde e os direitos sexuais e reprodutivos em situações humanitárias e ajudar a prevenir e responder à violência baseada no género nas linhas de frente. Juntos, podemos fazer um progresso maior por direitos, segurança e dignidade para todos.